De pequenino se torce o destino: a filosofia para crianças na prevenção da indisciplina
(CCPFC/ACC-87759/16)

   

Modalidade:

 Oficina de formação
   

Duração:

 25 horas presenciais + 25 horas de trabalho autónomo
   
Destinatários:  Docentes do 1º ciclo
   
Formadora:  Ana Granja
   
Número de turmas:  1
   
Locais de realização: T1 - Escola EBS de Águas Santas
   
Cronograma da turma 1:  1ª sessão - 24 de janeiro, quarta-feira, 18.00h - 21.00h
 2ª sessão - 31 de janeiro, quarta-feira, 18.00h - 21.00h
 3ª sessão - 17 de fevereiro, sábado, 9.00h - 13.00h
 4ª sessão - 21 de fevereiro, quarta-feira, 18.00h - 21.00h
 5ª sessão - 28 de fevereiro, quarta-feira, 18.00h - 21.00h
 6ª sessão - 10 de março, sábado, 9.00h - 13.00h
 7ª sessão - 05 de maio, sábado, 8.30h - 13.30h
   
seleção dos formandos:  Terão prioridade 5 docentes de cada um dos agrupamentos seguintes:
 AE Águas Santas
 AE Maia
 AE Vieira de Carvalho
 É possível acolher mais 5 docentes de todos os outros agrupamentos associados.
   
:::::::::::::::::::::::::: PROG RAMA DA AÇÃO ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
   
Objetivos:  No final da oficina de formação os formandos deverão ser capazes de:
– Distinguir níveis diferenciados de indisciplina: a necessidade de falar em indisciplinas no plural;
– Evidenciar como a investigação multidisciplinar explica a ação e interação entre os fatores desencadeadores da(s) indisciplina(s) na escola e na sala de aula;
– Refletir sobre a necessidade de articular procedimentos preventivos e procedimentos corretivos e punitivos;
– Refletir sobre a necessidade de a prevenção e intervenção não dependerem apenas de iniciativas individuais mas de uma atuação articulada e consistente da escola enquanto instituição organizada – a necessidade de um ethos de escola;
– Promover a implementação, em contexto escolar, de estratégias de prevenção e de intervenção face a situações de indisciplina (s).
A partir da implementação do projeto de “Filosofia para Crianças” (inspirado no programa de Matthew Lipman) pretende-se alcançar os seguintes objetivos:
– contribuir para a estruturação do pensamento lógico das crianças;
– desenvolver o seu espírito crítico e a autonomia de pensamento;
– desenvolver as capacidades cognitivas e sociais que o processo de reflexão exige (saber perguntar porquê, saber dar e pedir exemplos, clarificar afirmações, detetar contradições, saber ouvir os outros, respeitar diferentes opiniões, etc);
– fomentar o trabalho solidário e colaborativo;
– favorecer a relação interpessoal, a comunicação e a integração social;
– estimular a aprendizagem pela descoberta (através do questionamento e método dialógico, inspirado em Sócrates);
– promover uma comunidade de investigação na sala de aula;
– fomentar valores cívicos e de educação para a cidadania.

Pretende-se que os formandos elaborem planos de discussão para duas sessões de Filosofia para Crianças, devendo dinamizá-los em sala de aula. Os recursos didáticos, construídos e aplicados pelos formandos em contexto de sala de aula, serão compilados num manual que constituirá o produto final desta formação.
   
Conteúdos:

Sessões presenciais
1. Complexidade da problemática da indisciplina
Multiplicidade de factores desencadeantes
Diversidade de funções e significados
O perfil dos alunos com que ocorrem os problemas de indisciplina e o perfil dos professores na presença de quem ocorrem esses problemas
2. Níveis diferenciados de indisciplina
1ºNível: Desvios às regras da «produção»; 2º Nível: Conflitos inter-pares; 3º Nível: Conflitos da relação professor-aluno
3. Competências de gestão da sala de aula, necessárias para prevenir e lidar com situações de indisciplina
Procedimentos de prevenção, procedimentos de correção (correção pela integração/estimulação; correção pela dominação/imposição; correção pela dominação/ressocialização) e procedimentos de punição
4. História do programa de Filosofia para Crianças (princípios subjacentes e fundamentos)
Génese e desenvolvimento do programa
O caráter transversal da sua aplicação (fomentando a articulação curricular, através da aquisição de habilidades de pensamento transversais a todas as áreas disciplinares)
5. Diferentes formas de operacionalizar a Filosofia para Crianças
Apresentação das diferentes metodologias do programa de Filosofia para Crianças
Demonstração prática das diversas abordagens
6. Os recursos didáticos de apoio à Filosofia para Crianças
Apresentação dos manuais e recursos didáticos existentes para dinamizar sessões de Filosofia para crianças
7. Educação para o pensar – a comunidade de investigação na sala de aula
A aprendizagem pela descoberta (através do questionamento e método dialógico)
As narrativas pedagógicas enquanto despoletadoras do questionamento filosófico
A dinamização e orientação de discussões filosóficas com crianças (o papel do facilitador)
8. Momento de partilha
Apresentação, análise e discussão das sessões dinamizadas por cada um dos formandos no desenvolvimento do trabalho autónomo.
9. Trabalho autónomo
A partir dos recursos e metodologias apresentados, elaboração de planos de discussão para duas sessões de Filosofia para Crianças
Dinamização das duas sessões de Filosofia para Crianças na(s) turma (s)

   
Metodologia:

 A ação de formação é desenvolvida em 50 horas (25 horas presenciais e 25 horas de trabalho autónomo).
Com vista a proporcionar situações de aprendizagem verdadeiramente significativas e potenciadoras de práticas pedagógicas transformadoras, nas sessões presenciais conjuntas pretende-se criar um ambiente de trabalho mobilizador dos contextos vivenciais e profissionais dos formandos. Assim, esta ação pretende não apenas promover a construção de conhecimento através dos conteúdos abordados, mas também incentivar novas práticas pedagógicas e sua reflexão crítica, no sentido de desenvolver quer a sua autoformação, quer a inovação educacional. Para esse efeito, deve ser promovido um ambiente de trabalho que promova e facilite processos de hétero e autoformação, bem como de partilha e problematização de experiências entre os participantes. Nesse sentido far-se-á uso de distintas metodologias, nomeadamente uma metodologia expositiva e uma metodologia prática e dialógica, fomentando-se situações de partilha entre os participantes a partir da reflexão e problematização dos conteúdos lecionados e sua mobilização e aplicação nos contextos pedagógicos em que cada um intervém.
A componente de trabalho autónomo, assente na metodologia de trabalho de projeto, incluirá todas as etapas de conceção de planos de discussão para duas sessões de Filosofia para Crianças e sua implementação em contexto de sala de aula.
Os recursos didáticos, construídos e aplicados pelos formandos em sala de aula, serão compilados num manual que constituirá o produto final desta formação.

   
Regime de avaliação:

 Os formandos serão avaliados nos termos definidos pelo Decreto- lei nº 22/2014 e Despacho n.º 4595/2015, tendo em conta os seguintes parâmetros/critérios: quantidade e qualidade da participação nas sessões presenciais e relatório individual de reflexão crítica, de acordo com o programa da ação e os artigos 16º, 17º e 18º do Regulamento Interno do CFAE maiatrofa.